"Fazer
amor é coisa séria demais...
Não
basta um corpo e outro corpo, misturados num desejo insosso, desses que dão
feito fome trivial, nascida da gula descuidada, aplacada sem zelo, sem composturas,
sem respeito, atendendo exclusivamente a voracidade do apetite.
Fazer
amor é percorrer as trilhas da alma, uma alma tateando outra alma, desvendando
véus, descobrindo profundezas, penetrando nos escondidos, sem pressa com delicadeza...
Porque
alma tem tessitura de cristal, deve ser tocada nas levezas, apalpada com
amaciamentos.. Até que o corpo descubra cada uma das suas funções.
Quando
a descoberta acontece é que o ato de amor começa. As mãos deslizam sobre as
curvas, como se tocando nuvens, a boca vai acordando e retirando gostos,
provocando os sabores, bebendo a seiva que jorra das nascentes, escorrendo em
dons, é o côncavo e o convexo em amorosa conjunção.
Fazer
amor é Ressurreição!!! É nascer de novo: no abraço que aperta sem sufocamentos
no beijo que cala a sede gritante, na escalada dos degraus celestiais que levam
ao gozo. Vale chorar, vale gemer.. Vale gritar, porque ai já se chegou ao
paraíso, e qualquer som ha de sair melódico e afinado, seja grave, agudo,
pianinho... há de ser sempre o acorde faltante quando amantes iniciam o milagre
do encontro.
Corpos
se ajustaram, almas matizaram... Fez-se o Êxtase!!! É o instante da paz... É a
escritura da serenidade ! '(Autor desconhecido)
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